Nota do blog: Publicamos quarta parte de documento do Movimento Feminino Popular, tratando aqui sobre o problema do trabalho doméstico invisível e sua transformação em trabalho visível quando convertido em trabalho industrial no socialismo. Importantíssimo documento para compreensão científica do problema feminino.
A função da família das classes oprimidas no capitalismo é cuidar, alimentar, educar, repor a força de trabalho dos operários, camponeses e trabalhadores em geral de maneira que eles atendam às condições da exploração capitalista e latifundiária. Garantir que a família trabalhadora se reproduza enquanto classe explorada física, intelectual, moral e politicamente.
O trabalho doméstico
A função da família das classes oprimidas no capitalismo é cuidar, alimentar, educar, repor a força de trabalho dos operários, camponeses e trabalhadores em geral de maneira que eles atendam às condições da exploração capitalista e latifundiária. Garantir que a família trabalhadora se reproduza enquanto classe explorada física, intelectual, moral e politicamente.
O trabalho doméstico é “invisível”
Essa batalha cotidiana imposta às mulheres é denominada por nós de “trabalho invisível”. A chamada “dona-de-casa”, é a primeira que levanta, prepara a comida de todos da casa e é a última que come. Limpa, lava na beira do tanque ou do rio, cuida dos filhos, enfrenta os cobradores na porta, socorre-se na vizinha porque as latas estão vazias, corre ao posto médico com o menino febril, ganhando em troca desta rotina as varizes e lombalgias. Quando ao final do dia, senta-se pela primeira vez, a maioria delas diante da televisão como fuga da imensidão de problemas, a casa já está toda desarrumada, os meninos já estão sujos, a pia já está cheia de louça, e ninguém verá o trabalho feito que recomeçará todos os dias. Quando se pergunta a uma mulher que não trabalha no mercado formal e se esfalfa no trabalho doméstico se ela trabalha, a resposta é NÃO. Ela própria não vê o trabalho que faz, ou não o reconhece como trabalho, levada que é a acreditar que essas tarefas seriam uma sina secular do sexo feminino.
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