Nota do blog: Publicamos continuação (parte 2) do documento do Movimento Feminino Popular. Nessa etapa, trata-se sobre a origem da opressão feminina. Por ocasião do Dia Internacional da Mulher Proletária.
Origem da opressão feminina:
surgimento da propriedade privada, sociedade de classes
A concepção marxista define que a situação da mulher e do homem é condicionada pelo fato deles pertencerem à classe exploradora ou à classe explorada, sendo, portanto, essa a única condição que define a posição que cada um ocupa na sociedade: Para o marxismo, assim como o homem, a mulher é um conjunto de relações sociais historicamente organizadas e mutantes em função das variações da sociedade em seu processo de desenvolvimento; a mulher é, pois, um produto social e sua transformação exige a transformação da sociedade.
No estágio inicial de desenvolvimento da humanidade – denominado comunismo primitivo – anterior à existência da propriedade privada e da divisão da sociedade em classes antagônicas, a divisão social do trabalho ocorria de maneira natural, sem qualquer objetivo econômico, como acumulação ou herança. Os indivíduos dessas primeiras formações sociais (gens) não tinham ainda acumulado bens de riqueza, viviam da coleta de frutos e da caça. Mulheres e homens exerciam funções diferenciadas, porém de importância equivalente no processo geral de produção dos bens necessários à sobrevivência.
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