Nota do blog: Publicamos a tradução de importante artigo do intelectual revolucionário Varavara Rao, presidente da Frente Revolucionária Democrática na Índia, onde denuncia o genocida Estado indiano e suas ações contrarrevolucionárias, indicando o caminho consequente para sua suplantação e superação.
Publicado originalmente em dazibaorojo.com
Combater o Fascismo-Hindu Brahmânico! Expandir a Guerra Popular Prolongada! Avançar a Revolução de Nova Democracia! Por Varavara Rao.
5 de Abril de 2018
Os assassinatos de Mohammad Akhlaq, Prof. M M Kalburgi e Yakub Memonhave vieram simbolizar de diversas maneiras a situação prevalente no país sob a ordem de Modi – eleito pelo Partido Bharatiya Janata(PBJ). Akhlaq foi espancado até a morte em sua casa na cidade de Dadri em setembro por um grupo de linchamento que foi incitado, mobilizado e liderado por um grupo de capangas de Sanghi após maliciosamente um rumor de consumo de carne vermelha ter se alastrado. Prof. Kalburgi foi baleado e morto por assassinos fascistas hindutvas desconhecidos por conta de sua consistente e irreprimível oposição aos seus projetos em Kamataka. Memon foi enforcado em julho na prisão de Nagpur após sua convicção nas explosões ocorridas em Mumbai no ano de 1993. Para os autonomeados policiais do ‘Rashtra Hindu’ (Estado Hindu), comer algo da escolha de alguém é antinacional, falar algo contrário é antinacional, até mesmo ser irmão de um muçulmano que é acusado de atividades ditas antinacionais é ser antinacionalista – crimes nos quais são passíveis de pena de morte de acordo com os fascistas Hindutva Manuvadi. Independente da execução ser realizada judicialmente pelo estado ou por algum dos numerosos grupos de extermínio erguidos pelo Hydra RSS – pouca diferença faz para a pessoa que irá recebe-la no final. Esses assassinatos (e os assassinatos ocorridos anteriormente de Govind Phansade e Narendra Dabholkar) são apenas alguns dos incidentes mais falados do que se tornou uma incessante barragem de ataques realizados de diversas formas pelos fascistas Hindutvas em todo o país. Particularmente, desde que o governo PBJ subiu ao poder, esses ataques tem tomado lugar na rotina diária. Apesar de ser considerado por alguns como “intolerância”, isso é parte de um ataque total das forças fascistas hindu bramânicos contra as pessoas, afetando todos os âmbitos de suas vidas. Esses ataques são simultaneamente ideológico, politico, social, religioso, étnico, econômico, cultural, jurídico e ambiental – realizado com meios violentos e não violentos, legais e ilegais, constitucionais e extra-constitucionais. Em sua mira estão todos os tipos de dissidência e não-submissão, particularmente as organizações de combate e indivíduos – revolucionários, democráticos, seculares e patriotas – assim como muçulmanos e cristãos, Dalits e Adivasis, mulheres e pessoas de outros gêneros oprimidos, nacionalidades oprimidas e até seções de oposição do parlamento.
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