Nota do blog: Documento formulado pelo Partido Comunista do Peru, em 1988, que explica sobre a construção dos três instrumentos da Revolução (Partido, Exército e Frente) e explana sobre a questão da militarização do Partido.
Tradução: Pedro Dragoni.
Linha de construção dos três instrumentos da Revolução
Partido Comunista do Peru – 1988
Reproduzido pelo Movimento Popular Peru em Maio de 1999
INTRODUÇÃO
O Presidente Gonzalo estabelece a linha de construção dos três instrumentos de respeito à revolução, defendendo e aplicando o Marxismo-leninismo-maoísmo, principalmente o Maoísmo.
Ele nos ensina que Marx disse que a classe operária cria organizações à sua imagem e semelhança, isto é, organizações próprias. No século XIX, a partir de Marx e Engels obtemos uma concepção científica dotada de doutrina própria, com objetivo próprio, com meta comum, para como tomar o poder e os meios para o fazê-lo: através da violência revolucionária; tudo isso numa luta bastante dura entre duas linhas. Marx assentou que o proletariado não pode agir como uma classe sem constituir-se por si mesma em um partido político distinto e oposto a todos os partidos políticos criados pela classe possuidora. Que, portanto, o proletariado desde que aparece em um longo processo, cria formas de luta e formas de organização, de modo que o partido é a mais alta forma de organização, o Exército a principal forma de organização e a Frente é o terceiro instrumento que todos estes instrumentos são para tomar o poder através da violência revolucionária. Nos diz Engels, no final do século XIX, concluiu que a classe não tinha nem as formas orgânicas nem formas militares próprias para tomar o poder e mantê-lo, mas nunca nos disse para deixarmos a revolução, mas sim para nós trabalharmos por ela buscando a solução para estas questões pendentes, há que se entender isso muito bem pois os revisionistas distorcem-nas para vender seu oportunismo.
No século XX, Lênin compreendeu que a revolução estava madura e acreditava que o partido proletário de novo tipo objetivara a forma de luta: a insurreição; e a forma de organização: os destacamentos, que eram formas móveis superando as barricadas do século passado, que eram formas fixas. Lênin levanta a necessidade de novas organizações, clandestinas, pois ao passo das ações revolucionárias significava a dissolução das organizações legais pela polícia e este trânsito só é possível de se realizar passando por cima de ex-líderes; passando por cima do partido de velho tipo, destruindo-o. Que o Partido devia tomar como exemplo o exército moderno, com disciplina própria, vontade única e ser flexível.
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